O parasitismo é a capacidade de um organismo explorar o seu hospedeiro. O tripanossoma africano é um parasita unicelular responsável por uma doença fatal nos seres humanos (doença do sono) e por uma doença crónica nos bovinos (Nagana). O nosso grupo está interessado em compreender os mecanismos de doença causados por duas espécies de tripanossomas africanos (Trypanosoma brucei e Trypanosoma congolense), caracterizando tanto os factores do parasita como do hospedeiro. O nosso grupo tem dois interesses principais:
TROPISMO DOS TECIDOS – Descobrimos recentemente que o tecido adiposo é um importante reservatório de parasitas na infeção do rato e que os parasitas se adaptam funcionalmente ao tecido (1, 2). Estas observações inesperadas levantaram questões importantes. Como é que os parasitas se deslocam entre os tecidos? Qual é a vantagem selectiva de te acumulares neste tecido? Os parasitas são igualmente susceptíveis de serem tratados com medicamentos? O tecido adiposo é um órgão imunologicamente inativo (3)? Como é que os parasitas entram ou saem dos tecidos (2)? Qual é a heterogeneidade da população de parasitas em cada tecido?
REGULAÇÃO GENÉTICA E VARIAÇÃO ANTIGÉNICA – O nosso grupo está interessado em compreender os mecanismos que regulam a variação antigénica, um processo que permite aos tripanossomas escapar à resposta imunitária do hospedeiro (4). Atualmente, estamos interessados em compreender a importância dos RNAs não codificantes (5) e das modificações epigenéticas na regulação dos genes subjacentes à variação antigénica (6).
Em 2017, o nosso laboratório recebeu uma bolsa de consolidação do ERC. Recebeu anteriormente bolsas do HHMI, EMBO, FCT e Gulbenkian. Os estudantes e pós-docs têm recebido bolsas Marie Curie, Human Frontiers e FCT.
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