Laboratório Moises Mallo

Padronização e Morfogénese

Embora os vertebrados apresentem uma diversidade notável de formas e tamanhos do corpo, todos eles se desenvolvem de acordo com o mesmo princípio básico: criam progressivamente estruturas de cabeça, tronco e cauda resultantes da atividade de um grupo de células coletivamente conhecidas como progenitores axiais.

O primeiro nível de informação de modelação carregado nestes progenitores resulta na definição global das diferentes áreas do corpo, ou seja, se vão produzir derivados celulares que geram estruturas correspondentes às regiões da cabeça, tronco ou cauda.

Um segundo nível de informação de modelação controla então o tipo específico de tecidos produzidos pelos progenitores dentro de cada uma destas regiões globais, acabando por construir um organismo funcional. Embora a formação do corpo seja um processo contínuo, o desenvolvimento das regiões da cabeça, tronco e cauda está sob o controlo de redes de genes distintas.

Essencialmente, as variações no equilíbrio entre estas redes são as principais responsáveis pela produção da grande variedade de padrões corporais observados na filogenia dos vertebrados.

O trabalho deste grupo pretende compreender as redes de regulação que controlam cada uma destas áreas do corpo e os mecanismos que regulam as transições dos modos de desenvolvimento da cabeça para o tronco e do tronco para a cauda.

Utilizam o rato como principal organismo modelo, combinando abordagens transgénicas e de edição do genoma com análises de todo o genoma e técnicas avançadas de imagiologia. Recentemente, incorporaram também na investigação outros modelos animais, incluindo cobras e lagartos, uma vez que podem fornecer pistas importantes para compreender como o corpo dos vertebrados evoluiu para produzir uma tão grande variedade de arquitecturas corporais.